O vidro temperado é aproximadamente seis vezes mais resistente do que o vidro monolítico da mesma espessura e configuração. É considerado como um vidro de segurança, indicado para portas pivotantes e corrediças, instalações autoportantes para áreas comuns das edificações, fachadas, vitrines, boxes de banheiro, divisórias de interiores, além de outras situações que demandem segurança.
O vidro temperado é mais rígido, tem maior resistência térmica e se estilhaça em pequenos fragmentos quando é danificado.
Devido a suas características, este vidro ao ser quebrado se estilhaça em inúmeros pedaços pequenos, o que o torna-o menos susceptível a causar ferimentos nas pessoas. Ele é de grande utilidade em termos de segurança e frequentemente utilizado nas janelas laterais e traseiras dos automóveis, além da estar em diversos utensílios de cozinha como panelas (“Pyrex”), prateleiras das geladeiras, pratos e alguns copos que também são feitos com vidro temperado.
A fabricação do vidro temperado consiste no aquecimento da matéria-prima (cristal ou vidro impresso) que é então submetido a um tratamento térmico de têmpera à temperatura de 650/700ºC, recebendo logo após jatos de ar que provocam um choque térmico.
As paredes do vidro se solidificam e o seu interior ainda está em estado pastoso. Quando o vidro fica completamente frio, ele passa a acumular internamente um estado de tensões de compressão e ao mesmo tempo de expansão.
Compressão nas suas faces externas que esfriaram antes e de expansão internamente. Esta brusca mudança de temperatura faz com que o vidro comum adquira neste processo resistência muito maior e que se estilhace ao ser quebrado, pois o estado de tensões foi abalado.
O processo térmico de temperatura melhora consideravelmente as propriedades do produto, conferindo ao vidro temperado uma resistência muito maior que a do vidro comum. A finalidade da têmpera é estabelecer tensões elevadas de compressão nas zonas superficiais do vidro, e correspondentes a altas tensões de tração no centro do mesmo.
Fabricação do Vidro Temperado
O vidro temperado é feito a partir do aquecimento controlado do vidro comum (não temperado), tendo chances de poder quebrar durante o processo. Rolando as lâminas de vidro comum, através de um forno onde ele é aquecido à temperatura de moldagem (aproximadamente 600 °C), e, então, é resfriado controladamente.
O processo químico alternativo à têmpera térmica é a de troca de íons onde uma lâmina de vidro com pelo menos 100 µm, imersa numa tanque de nitrato de potássioderretido. O processo força os íons do nitrato de potássio aos óxidos de sódio do vidro. A têmpera química resulta num vidro de extrema rigidez mecânica ao preço de uma rigidez térmica menor quando comparado ao vidro temperado comum, sendo utilizado quando é necessária a têmpera de vidros moldados em formas complexas.
Desvantagens
O vidro temperado não pode ser cortado ou partido. Os orifícios para hastes ou parafusos e, até mesmo o polimento das arestas ou lapidação de suas bordas, devem ser feitos antes da têmpera, pois qualquer dano feito em sua superfície pode resultar no estilhaçamento completo da peça. Apesar de sua maior dureza e rigidez, ele é menos flexível que o vidro comum ou o vidro laminado. A tensão concentrada em pontos de apoio ou suporte pode significar um risco real de estilhaçamento.